Hero’is do mar, nobre povo,
Naçªo valente, imortal,
Levantai hoje de novo
Os esplendor de Portugal
Entre as brumas da memória.
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós
Que ha'-de guiar-te `a vito’ria.




Às armas! Às armas!
Sobre a terra, sobre o mar!
Às armas! Às armas!
Pela Pátria lutar!
Contra os canhões marchar, marchar!




Desfralda a invicta bandeira
À luz viva do teu céu
Brade à Europa à terra inteira
Portugal não pereceu!
Beija o solo teu jucundo
O oceano a rujir d’amor;
E o teu braço vencedor
Deu mundos novos ao mundo!




Às armas! Às armas!
Sobre a terra, sobre o mar!
Às armas! Às armas!
Pela Pátria lutar!
Contra os canhões marchar, marchar!




Saudai o sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco d’uma afronta
O sinal de ressurgir.
Ráios d’essa aurora forte
São como beijos de mãe
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte




Às armas! Às armas!
Sobre a terra, sobre o mar!
Às armas! Às armas!
Pela Pátria lutar!
Contra os canhões marchar, marchar!